Os ricos mais ricos e os pobres mais pobres
Estás são respostas de Hugo Veiga, um criativo que passa o seu tempo entre Lisboa, Brasil e o Porto. Mais um jovem com grandes capacidades, um mente brilhante/cerebro que decidi ir trabalhar para fora de Portugal.
Seleccionei 4 das suas respostas para colocar os leitores a pensar...
Quais são as grandes mais-valias de uma experiência internacional (profissional ou não)?
Quando nos mudamos para outro país tornamo-nos uma espécie de esponja que absorve tudo. É um acto instintivo. Como estamos num ambiente estranho, os nossos sentidos ficam mais apurados e atentos ao mundo, pelo que absorvemos uma quantidade muito maior de informação. O contacto com outras formas de pensar e agir também nos faz crescer como profissionais e pessoas.
Como podemos impulsionar o orgulho dos portugueses?
Diminuindo a inveja. O sucesso deveria ser o principal gerador de orgulho, mas em Portugal este gera intrigas. Se uma pessoa partilha a sua felicidade por ter atingido sucesso, os outros pensam “lá está este a armar-se em bom”. É preciso aprender a ver o sucesso dos outros como uma inspiração para o seu próprio êxito.
Se lhe fosse concedido um desejo para Portugal, qual seria?
Um terramoto maior que o de 1755, mas na mente do povo. Um que provocasse a implosão nos conservadorismos e medos edificados, que destruísse falsos moralismos e invejas monumentais. O espírito português precisa de avenidas largas onde a ousadia e a criatividade fluam sem barreiras, precisa de reconstruir uma personalidade com espaço para a luz.
Quem é o maior talento português? Porquê?
A minha avó. Ela tem poucos estudos, não descobriu nada, não geriu nenhuma empresa, nem ganhou prémios (se bem que o arroz de cabidela merecesse). Mas no seu micro cosmos, ela demonstrou e ainda demonstra, com os seus 86 anos, capacidades, personalidade e uma dignidade que falta a muitos líderes políticos e empresariais.
domingo, 15 de junho de 2008
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