quarta-feira, 30 de julho de 2008

Viva a tristeza

Um texto sobre algo que concordo plenamente:

Face a acontecimentos menos positivos ou a dias “mais cinzentos” evite a pressão social para “andar para a frente” e mostrar-se sempre feliz. Permita-se viver a sua tristeza. Reserve um período para sentir “o que quiser deixar sair”. Viva as suas emoções (positivas ou não!).


SABIA que permitir-se viver a tristeza em vez de a tentar eliminar a todo o custo pode ajudar a ultrapassá- la mais facilmente? É que tentar “fingir” que nada se passa ou “andar para a frente” a todo o custo, em vez de ser solução, ajuda a “cavar mais fundo” o problema.
Na sociedade da abundância, muitas vezes a norma é estar feliz, produzir, caminhar sempre em frente. Parar, chorar nem sempre são aceites, defendidos sob o chavão “do ser forte”. O colorido emocional humano é enorme, desde o mais cinzento ao mais rosa. Tornarmo-nos pessoas mais conscientes de nós, integrarmos o nosso património de vivências boas e más permite, de futuro, ter um leque mais alargado de estratégias para fazer face ao que vai acontecendo. Por isso, pode não ser boa solução pensar que a tristeza deve ser evitada, banida ou desvalorizada. Muito pelo contrário, e à semelhança de qualquer outro estado, a tristeza é necessária e vantajosa para a nossa vida emocional prosseguir e amadurecer. Quantos de nós já sentiram que, “apesar dos pesares”, o balanço pessoal após um período de sofrimento foi proveitoso? O maior ganho é sempre o de reflectir sobre o significado das ocorrências e, tanto quanto possível, fazer os ajustamentos psicológicos individualizados que permitirão prosseguir.
Não se defende, contudo, um “afundar” e “perder-se” na tristeza, mas antes a vivência e consequente ultrapassagem. Um dos aspectos que mais determinam se um estado de espírito melancólico irá persistir ou aliviar é o grau em que a pessoas ruminam pensamentos negativos. O objectivo será, então, substituir aos poucos pensamentos melancólicos com alternativas mais positivas. Não podemos,
de forma alguma, eliminar a tristeza, mas podemos adoptar pequenos rituais para que a tristeza não nos elimine a nós!

• Permita-se chorar. Reserve espaço de intimidade para estar consigo e poder exteriorizar realmente o que está a sentir (longe da pressão para dizer que “já está tudo bem”).
• Depois de se ter permitido viver os sentimentos mais negativos que vão surgindo e de os exteriorizar, experimente escrever ou falar com alguém. Pode ser importante observar a situação “de fora”.
• À medida que for sentido “o aperto” diminuir procure pontos positivos na situação. O que lhe trouxe de novo? O que lhe ensinou sobre si? O que lhe deixa para o futuro? Tudo na vida tem um lado positivo e viver a tristeza não é excepção!

Creditos para: WWW.RITUAIS.NET e Jornal OJE

Um comentário:

Dani disse...

Não posso estar mais de acordo! parabéns pelo texto!!!
beijos